Psicologia intercultural
Viver por um tempo longo num país estrangeiro, viver uma relação
afetiva com uma pessoa de outra nacionalidade, recomeçar a vida
pessoal/profissional em outro país, ter que aprender um novo idioma
e acostumar-se a hábitos típicos de outra cultura, o sentimento
de não poder comunicar-se como se desejaria ou de não ser
devidamente compreendido (mesmo quando já se fala o idioma), a
confrontação com o "outro", a confrontação
consigo mesmo em outro ambiente e com a própria cultura com um
novo ângulo de visão, tudo isso abre novas perspectivas e
traz novas oportunidades, mas pode também sobrecarregar uma pessoa,
causar estresse, ansiedade, conflitos, doenças psíquicas
e psicossomáticas.
Apesar do grande número de estrangeiros vivendo na Alemanha, há
ainda pouca oferta de ajuda terapêutica especializada para imigrantes,
como uma pessoa pode encontrar em sua pátria. Isto se deve ao fato
dos profissionais da área normalmente não terem conhecimento
(ou terem um conhecimento muito limitado) sobre a cultura e as condições
de vida atual e pregressa do(a) imigrante ou simplesmente não levar
tais aspectos em consideração durante seu trabalho terapêutico.
Pode acontecer também que a barreira que impede o progresso do
trabalho terapêutico com imigrantes, casais/famílias binacionais
e expatriates seja a língua (ainda que bem dominada pela pessoa)
ou os mal-entendidos interculturais.
Na minha opinião é importante, quando de trata de um cliente/paciente
estrangeiro, que a perspectiva intercultural seja uma das diretrizes do
trabalho terapêutico. Esta certeza vem de minha experiência
profissional internacional, da minha experiência pessoal e profissional
com pessoas de mais de 20 países diferentes e, da minha experiência
pessoal como imigrante na Irlanda e agora na Alemanha e, tão importante
como tudo que já foi citado, das novas teorias que vêm se
desenvolvendo academicamente nesta área. Noções como
dimensões culturais e experiencia com o "outro" não
podem , de forma alguma, neste contexto, ser subestimadas (nem superestimados,
é claro!).
Meu trabalho como terapeuta se destina especialmente a imigrantes de origem
latina, a imigrantes de países africanos de língua portuguesa
e suas famílias, mas também a profissionais europeus que
se confrontam cotidianamente com as questões interculturais em
seu trabalho com latinos.
O trabalho terapêutico é oferecido em português, espanhol,
alemão e inglês.
Sobre mim
Meu nome é Gláucia Maria de Queiroz. Graduei-me em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil, em 1996. Recebi os diplomas de psicóloga clínica e de bacharel em Psicologia. Em 2009 me submeti ao exame do Gesundheitsamt Nürnberg para obter a licença de Heilpratikerin fur Psychotherapie - que garante ao aprovado o direito de ....(>>>)